A Bahia reforça sua política de educação escolar indígena com a construção de escolas em aldeias. O governo estadual anunciou investimentos que ultrapassam R$ 70 milhões para garantir ensino bilíngue, intercultural e de qualidade. Entre as ações estão a construção e modernização de unidades escolares, além da valorização do magistério indígena.
Atualmente, são 71 escolas em funcionamento, alcançando mais de 11 mil alunos em 27 municípios. A Secretaria da Educação da Bahia (SEC) destaca que os investimentos buscam respeitar os modos de vida, saberes e tradições dos povos originários. Segundo a coordenadora pedagógica Marcineia Tupinambá, do CEITAB, em Ilhéus, o modelo valoriza o conhecimento tradicional com aulas ao ar livre e participação das lideranças locais.
A lei que reestruturou a carreira do magistério indígena garantiu equiparação salarial aos demais professores da rede estadual. A SEC ainda promove projetos como o JEIBA, que incentivam a valorização cultural e o combate ao preconceito. A estudante aprovada em Medicina e Psicologia relata que estudar em uma escola indígena fortaleceu sua identidade. O modelo baiano se torna referência nacional, promovendo justiça social por meio da educação.
